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O Cavaleiro Solitário | Critica


NOTA: 6.0

O Cavaleiro Solitário
EUA - 12 de julho de 2013
Ação, Aventura, Faroeste - 2h 29 min.
Walt Disney




Baseado em um seriado clássico da década de 1940, 
O Cavaleiro Solitário era a aposta da Disney para emplacar um novo sucesso monstruoso, nos moldes de Piratas do Caribe. Para isso, o estúdio escalou a mesma equipe criativa, formada pelo produtor Jerry Bruckheimer, o diretor Gore Verbinski (Rango), e o ator Johnny Depp (Sombras da Noite). Piratas do Caribe caiu nas graças do público pela forma como Depp escolheu interpretar o protagonista, o afetado Capitão Jack Sparrow. O filme resgatou o subgênero de capa e espada para toda uma geração, se tornando um sucesso inesperado.
Infelizmente, o mesmo não acontece aqui. Talvez devido ao público já se encontrar avisado do que virá: uma obra longa que depende muito mais de efeitos especiais, do que de uma história em si. A trama passada no velho Oeste americano tem como protagonista John Reid, papel de Armie Hammer (Espelho, Espelho Meu), um sujeito que acredita acima de tudo na lei e na justiça. Seu irmão, papel de James Badge Dale(Guerra Mundial Z), é o valente xerife da cidade. Ao saírem junto a outros homens, para capturar um criminoso, são emboscados e assassinados. Apenas o protagonista sobrevive, ou quase. Seu espírito é trazido de volta à vida por um cavalo branco.
O personagem de Hammer é encontrado pelo nativo-americano Tonto (Depp), que ao seu lado formula um plano, e cria o herói do título, que não pode ser morto. Esse é o mote para quase três horas de basicamente material descartável. Um dos grandes problemas de O Cavaleiro Solitário é que nada aqui é memorável, e será um grande desafio para qualquer um conseguir lembrar uma cena sequer, após o término da exibição.  A escolha de Depp em interpretar não o herói, mas seu fiel escudeiro Tonto é interessante, e o objetivo era apresentar a obra através de seu ponto de vista. No entanto, não existe material suficiente para impulsionar o personagem no gosto popular, e Depp acaba por se repetir sem brilho.
O faroeste é um gênero difícil de ser empurrado para as massas, e todas as tentativas recentes fracassaram (vide Jonah Hex e As Loucas Aventuras de James West). O gênero permanece, com mais esse esforço, restrito a um público específico. A culpa, no entanto, não é simplesmente da barreira do gênero. Essa é uma superprodução pouco esforçada, que basicamente achava estar com o jogo ganho por pegar carona no sucesso anterior dos envolvidos. Com a grande quantia colocada na obra, pouco é investido no desenvolvimento dos personagens. Sabemos quase nada sobre o protagonista, que caso fosse substituído por um boneco provido de emoções, não notaríamos. E quanto ao indígena Tonto, o alívio cômico mal sucedido, seu passado trágico não tem força nem importância para o filme, que prefere depositar energia em acidentes de trem ao invés de dramaticidade.
  

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